A Basílica Matriz Nossa Senhora da Conceição, situada no tradicional bairro de Campinas, é a sede da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, pertencente à Arquidiocese de Goiânia. Com uma história profundamente enraizada na fé e na cultura goiana, a Matriz de Campinas testemunhou e participou ativamente do crescimento da região.
Sua origem remonta a 1843, quando ainda fazia parte da Diocese de Goiás, décadas antes da fundação de Goiânia. Naquela época, Goiás era uma terra pouco habitada, marcada pela presença de pequenas vilas e povoados. Entre eles, destacava-se o lugarejo conhecido como “Campininhas de Goiás” ou “Campininhas das Flores”, que daria origem ao bairro de Campinas.
A história desse território remonta ainda mais longe, ao ano de 1722, quando uma expedição bandeirante, liderada por Bartolomeu Bueno Filho, acampou às margens do Córrego João Leite, afluente do Rio Meia Ponte. Esse acontecimento, registrado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, marca um dos primeiros sinais da ocupação da região que hoje abriga Goiânia.
Ao longo dos séculos, a Basílica Matriz de Campinas se consolidou como um dos mais importantes templos religiosos da capital goiana, sendo referência de fé, devoção e tradição para os fiéis. Seu legado histórico e espiritual segue vivo, guiando gerações na vivência da fé cristã e na devoção à Nossa Senhora da Conceição.
A presença do homem branco na região de Campininhas de Goiás data do início do século XVIII, com a passagem de expedições bandeirantes. No entanto, a ocupação permanente do território aconteceu por volta de 1810, quando o alferes Joaquim Gomes da Silva Gerais estabeleceu uma fazenda no local, dando origem à vila de Campininhas.
A construção da igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição marcou um momento importante na consolidação da fé na região. Em 8 de julho de 1843, a igreja foi elevada à dignidade de freguesia por decreto provincial, tornando-se o centro religioso da comunidade nascente.
Em 1894, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição passou a ser administrada pelos missionários redentoristas, a pedido do então bispo de Goiás, Dom Eduardo da Silva. Os primeiros redentoristas chegaram da Alemanha, enfrentando uma longa jornada que incluiu uma travessia de trem até Uberaba-MG e, posteriormente, um percurso de um mês a cavalo até Campinas.
Com grande zelo pastoral, esses missionários foram fundamentais na construção de igrejas e na evangelização da região. Entre suas contribuições, destacam-se a edificação da antiga Matriz de Campinas, do Convento da Vila São José e de outros importantes templos no estado. Em 1949, construíram o Conventão, hoje conhecido como Casa de Cultura Gustavo Ritter, localizada atrás da Matriz.
No início do século XX, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição abrangia um vasto território, sendo a única paróquia da região. Mesmo sem domínio completo do idioma português, os missionários redentoristas rapidamente iniciaram suas atividades pastorais, percorrendo a cavalo cidades como Bela Vista, Piracanjuba, Morrinhos, Quirinópolis, Guapó, Iporá e até as margens do Rio Araguaia.
O impacto da atuação redentorista foi tão significativo que, segundo Dom Fernando Gomes dos Santos, os missionários foram “os plantadores da fé na Arquidiocese de Goiânia”. Sua influência moldou a religiosidade e a organização social da região.
Com a fundação de Goiânia em 1933, Campinas deixou de ser uma vila isolada para se tornar parte essencial da nova capital. A Arquidiocese de Goiânia foi criada pelo Papa Pio XII em 1956, sendo instalada oficialmente no ano seguinte, sob a liderança de Dom Fernando Gomes dos Santos.
A nova arquidiocese desempenhou papel central na organização da Igreja Católica na região, criando novas paróquias, promovendo o desenvolvimento pastoral e incentivando a participação ativa dos fiéis na vida eclesial.
Com o crescimento da cidade, outras paróquias foram criadas, mas a Matriz de Campinas manteve sua relevância histórica e espiritual. Hoje, é reconhecida como a maior igreja de Goiânia, com capacidade para aproximadamente 930 pessoas sentadas e um grande fluxo de fiéis.
Um dos momentos mais emblemáticos da vida religiosa na Matriz são as Novenas Perpétuas, iniciadas na década de 1950. Com o tempo, essas celebrações se multiplicaram, e atualmente são realizadas em 15 horários às terças-feiras, atraindo mais de 15 mil fiéis semanalmente.
No ano 2000, a Matriz de Campinas foi oficialmente reconhecida como Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, consolidando-se como um dos principais centros de devoção mariana de Goiás.
Desde janeiro de 1895, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição tem sido conduzida pelos missionários redentoristas. Ao longo dos anos, centenas de sacerdotes passaram pela administração paroquial, fortalecendo a fé e promovendo o acolhimento dos fiéis.
Atualmente, a Paróquia faz divisa com as seguintes comunidades:
São Cristóvão (Setor Rodoviário)
Nossa Senhora Aparecida (Setor Campinas)
São Judas Tadeu (Setor Coimbra)
Nossa Senhora das Graças (Setor Centro-Oeste)
Pio X (Setor Fama)
São Pedro (Gentil Meireles)
A Matriz de Campinas segue sua missão de ser uma mãe acolhedora para todos os fiéis, mantendo-se como um ponto de referência para a fé católica em Goiânia.
Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Paróquia Nossa Senhora da Conceição
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